12.3.06

FLASH – BLACK





A peça, escrita pelo congolês Denis Mpunga conta-nos a história de um rapaz africano
















que transporta uma flauta, oferecida pela mãe, antes da partida para o sonho, o desejo de melhor vida procurada em terras estrangeiras…

















Recorda-nos a sua infância, povoada pela história da Rainha Sem Nome,




que era uma lenda contada pela avó a quem já tinha sido contada pela avó dela e que assim, na boa tradição oral ia passando de gerações para gerações…








O nosso herói, representado por Miguel Sermão, atravessa o Oceano chegando a uma cidade europeia, não interessa qual, poderia ser a nossa…












Aqui descobre o amor,







mas também o racismo mais primário,


sofrendo a repressão, a discriminação






e também a prisão…





Depois do cumprimento de uma pena sem crime em terras estranhas é então deportado, expulso para o nada, depois de buscar tudo:









De volta à sua terra natal, reencontra a namorada que lhe estava destinada,












mas que em vez de amor, queria apenas um presente e nada mais… Só um carro!


Um automóvel que a levasse em viagens, só queria era passear, evadir-se…



Chegando à triste conclusão que já lá não pertencia, pois fazia parte do mundo da errância, do vaguear por terras desconhecidas e oportunidades perdidas…
Acaba por ficar na terra natal preso nos espartilhos sociais e agarrado a costumes locais, que tal como as histórias: também eles passam de geração em geração!


Talvez, na nossa modesta opinião esta não seja uma peça para crianças, mas sim para jovens adolescentes e outros espíritos jovens que estejam dispostos a reflectir em temas como o preconceitos e herança cultural que todos trazemos, a genética, a cor, o paradoxo do medo do desconhecido e a atracção da diferença…

Não queremos terminar sem deixar uma palavra de apreço pelo trabalho realizado com e pelos jovens do colégio de Pina Manique, um dos estabelecimentos da Casa Pia de Lisboa, que aqui bem demonstram o profissionalismo, o rigor e um trabalho muito bem feito. Parabéns a todos, principalmente a estes jovens actores!

Em cena no CCB de 11 a 19 Março, 14,15,16 e 17 às 11h, dia 18 às 15h30 e dia 19 às 11h30.


Vão ver que vale a pena!!!

1 comentário:

Anónimo disse...

Em Ricardo Velez há um poder em fotografar tudo o que cerca e envolve. Os espaços em que ele vive e trabalha transformam-se em campos de jogos para experiências pessoais passadas e actuais. O seu trabalho fotográfico é dele e sobre ele mas ao mesmo tempo composto dos mesmos temas e emoções que definem a condição humana.
A vida de Ricardo Velez torna-se aqui uma negociação do ele próprio e dos conceitos mitológicos do amor, do medo, do sexo, da morte, da segurança e da coragem. Ele faz com que estas narrações do espírito transcendam o tempo e o espaço e sejam transformadas em linhas com que o tapete da vida é tecido.