28.3.06

COMUNA

Ontem, dia 27de Março, comemorou-se mais um Dia Mundial do Teatro.
Como sucede todos os anos, várias companhias e grupos teatrais marcaram a data com apresentações especiais e convites generalizados para que todos participássemos activamente da festa, muito embora este ano a escolha estivesse mais limitada já que os teatros da Garagem, o Ibérico e a Casa da Comédia, terminaram as representações das peças em cena no Domingo. Foi pena.

Cá por nós, optámos por uma ida à Comuna


Em boa hora o fizemos porque a peça que escolhemos: www. Feios, Porcos e Maus é muito divertida e de uma pormenorização perspicaz.
Passámos um par de horas a assistir a um espectáculo quase hilariante, de uma critica mordaz à sociedade e à cena política nacional, caricatura da vidinha neste Jardim à beira mar plantado que ilustra vivamente a mentalidade da multidão face aos temas mais actuais, a partir de perspectivas várias em circunstâncias diversificadas.


Como a representação decorre no Café Teatro, enquanto assistimos ao espectáculo podemos alegremente petiscar chouriço assado, vinho tinto e um caldo verde bem quentinho, de óptima qualidade e a um preço francamente acessível, (escolhendo de início se pretendemos este repasto ou somente deleitar-nos com um bom copo de vinho oferecido gentilmente…)



Que dizer de uma peça que da autoria de um grande senhor do teatro como é o Carlos Paulo, muito bem representada por um jovem grupo de actores que de uma forma bastante leve, criam grande empatia, proximidade e até uma certa cumplicidade com o público.


Seria até injusto referenciar algum em especial, pois cada qual no seu papel trás um contributo único à comédia, seja a angolana na sua dança ou o gordo no andar, a mulher do presidente ou até um ou outro entrevistado mais sarcástico.







Resta-nos fazer uma chamada de atenção para o belíssimo trabalho de cenografia que está no chão do palco, que pelo sítio de colocação pode passar despercebido aos espectadores, por isso, aconselho vivamente a sua observação de pertinho, já que tem pormenores indescritíveis num simples post de um modesto blog como este.


ESPECTÁCULO A NÃO PERDER

1 comentário:

Anónimo disse...

Em Ricardo Velez há um poder em fotografar tudo o que cerca e envolve. Os espaços em que ele vive e trabalha transformam-se em campos de jogos para experiências pessoais passadas e actuais. O seu trabalho fotográfico é dele e sobre ele mas ao mesmo tempo composto dos mesmos temas e emoções que definem a condição humana.
A vida de Ricardo Velez torna-se aqui uma negociação do ele próprio e dos conceitos mitológicos do amor, do medo, do sexo, da morte, da segurança e da coragem. Ele faz com que estas narrações do espírito transcendam o tempo e o espaço e sejam transformadas em linhas com que o tapete da vida é tecido.