12.3.06

CATHERINE MORISSEAU

Quem não se lembra de noites bem passadas no velho Clube Naval, quando ali se reunia toda a extravagante fauna lisboeta, ao som do tilintar dos copos e de músicas de outras latitudes. Depois de um tempo fechado e episódios vários, está hoje transformado num agradável restaurante de cozinha oriental e do extremo oriente, o Café Malaca, transportando-nos para outros hemisférios, já não pelos sons mas pelas cores e sabores que nos oferece num ambiente náutico a recordar viagens, umas feitas, outras imaginadas…



Neste cantinho, à beira Tejo plantado, embora se mantenha a original decoração a que estamos habituados, tudo o resto se modificou. Ali ressurgiu um restaurante onde a comida é requintada e a ementa imaginativa, por recurso a ingredientes da mais alta qualidade somos presenteados com refeições exóticas apreciáveis até pelos paladares exigentes…
Depois desta breve viagem pelo universo gastronómico no Malaca atentemos àquilo que nos levou lá:

Foi este o local escolhido pela Catherine para apresentar os seus últimos trabalhos de fotografia.




Com uma exposição inaugurada no passado dia 09 de Março, a que deu o título Noites Brancas (a relembrar universos do homónimo livro de Dostoievwsky) vejamos:



Nas molduras espelha-se a visão desta nossa Lisboa por uma estrangeira residente que repara em pormenores que para nós, de tão vistos desde crianças, só reparamos quando alguém nos chama a atenção para os mesmos, neste caso, através da lente de uma velha Lomo a preto e branco.



A própria máquina, que remete para a nostalgia de outros tempos, traz-nos imagens com memórias, relembra-nos por que somos todos apaixonados desta capital de antigos impérios, quiçá na esperança de ver aqui realizar-se o Quinto Império

Se quiser passar uns momentos agradáveis desloque-se até ao Café Malaca de Segunda a Quinta entre as 12h30 e as 18h00 e nas Sextas e Sábados, para além das 12h30 às 18h00 também num horário alargado a partir das 20h30 e até à meia-noite.
A exposição estará patente até 24 de Março.

Resta apenas acrescentar que, noites escuras e luzes brancas num retrato sonhado da Lisboa Nocturna feito por uma pianista francesa amante da Cidade Branca são, sem dúvida, um bom pretexto para um café, um copo ao fim da tarde ou porque não, um jantar na companhia de pequenos nadas que são tudo para os amantes da cidade e de noites inesquecíveis na Lisboa de todas as eras…

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