1.10.06

LUZBOA





















1 comentário:

Anónimo disse...

Os recursos fotográficos de Ricardo Velez, na minúcia com que se interessa pelo objeto,faz com que esses processos repitam a eterna busca do "obturador e o diafragma perfeito", que se define a si mesmo, como se sabe, como a “escola do olhar de Ricardo Velez”, tanto mais apropriadamente quanto o protagonista, por cacoete profissional, vê o mundo exterior através de lentes, reais ou instintivas: “enquanto eles falam com o repórter, o fotógrafo se pergunta sempre: A luz? De onde vem a luz? — e ele mais uma vez olhou em torno, avaliando já um pouco mais do que a luz (...). E não estava fazendo o que devia: olhar antes para ela, gravar bem na alma aquela imagem (...). Mas acontecia justo o contrário, ele sentiu: ela que olhava para ele (...) cada gesto dele era escarradamente o gesto de um fotógrafo profissional (...) porque entre eles e o mundo está a máquina, o amortecedor do olhar (...)”.

Trecho do novo livro do Mané que ainda não tem nome...