
Parte do texto corresponde ao clássico Júlio César, de Shakespeare o restante, foi escrito por Carlos J. Pessoa a propósito do tema.

Uma abordagem à forma como se atinge, se exerce e se perde o poder, minado por dentro do próprio sistema…
Somos enquadrados por personagens e passagens da peça shakespereana, num elogio ao imperador e às suas conquistas e talvez num paralelismo imperfeito com os assassinatos políticos que perpassam a história da velha Europa e dos novos mundos…

Pena mesmo é só durar 20 minutos.
Passamos depois para outro espaço radicalmente diferente. Encaminhados para o teatrinho propriamente dito, ainda em choque com o sangue injustamente derramado à nossa frente…

Lá vamos entrando um pouco impressionados.
Aqui chegados tudo muda o rumo…


Desenrolam-se cenas hilariantes, desde uma modista que nos alerta para o facto de tantas vezes

vestirmos fatos e camiseiros que não nos caem bem,

até uma senhora a viver no mundo fantasioso em que tudo o que importa é simplesmente:

decorativo, prático e quase onírico.

Passando pela burocracia conjugada e acumulada da 2ª geração das Lojas do Cidadão – O SIMPLEX –


que a brincar lá deixa cair algumas verdades la palisse

e por uma Marilyn platinada e meio perdida buscando um desejo inatingível.
Enfim, apresentam-se peripécias, por vezes inverosímeis, porque passam os nossos cidadãos que na meia idade ascendem à categoria de desempregados e que buscam incessantemente nova ocupação e requalificação profissional…








Uma comédia intemporal que joga com valores, circunstâncias e contextos muito diversificados, entre o que somos o que fomos e aquilo que muitas vezes deixamos pelo caminho… e que lá vai dando umas achegas bem sérias aos espectadores mais atentos.
Uma última palavra para os figurinos que surpreendem pelo bom gosto e pela originalidade e outra para a produção que, por ser aquela tarefa que se bem feita é quase transparente fica muitas vezes esquecida.
Estará em cena até 21 de Maio, de 4ª a Domingo às 21h30.

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