20.4.06

PORTO

Situada no norte de Portugal, a cerca de 300 Km de Lisboa, a cidade acompanha na sua margem direita e nos últimos 7 Km o percurso do Douro, até ao desaguar deste poético e ébrio rio no Atlântico.
Poético, dada a envolvência de curvas e contracurvas, de socalcos e vegetação que o rodeiam lhe marcam o correr.

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Dos dois tabuleiros da Ponte D. Luís, o superior foi nos últimos anos adaptado e reforçado para permitir a ligação por metro entre as duas margens do rio, servindo duas grandes metrópoles: Porto e Gaia.



Ébrio das vinhas que lhe emprestam uma cor azul-grená meio esverdeada, um sabor encorpado e um aroma romântico – paisagem única para amores e desamores.
De um lado o Porto, no outro Gaia e a imponente serra do Pilar, por demais bem caracterizados na melodia do Porto Sentido

Para fazer a ligação à margem esquerda existem hoje várias pontes, construídas ao longo dos últimos dois séculos, marcadas por diferentes épocas e concepções arquitectónicas.

Destacamos as pontes







do Freixo,








D. Luís e









e ainda a da Arrábida.







A Ponte D. Luís, com projecto de Teófilo Seyrig, sócio do Eng.º Eiffel foi inaugurada em 1887; a da Arrábida, projectada pelo Professor Edgar Cardoso, foi construída e entrou em funcionamento já na década de 60 do século passado.
Uma curiosidade suplementar, esta última, na altura detinha o maior arco de betão armado do mundo.


Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Dos dois tabuleiros da Ponte D. Luís, o superior foi nos últimos anos adaptado e reforçado para permitir a ligação por metro entre as duas margens do rio, servindo duas grandes metrópoles: Porto e Gaia.
Assim, a 2 de Agosto de 2005, o Metro do Porto passou pela primeira vez sobre a ponte D. Luís, inaugurando-se a ligação a Gaia.


Um apontamento histórico:

O Porto nasceu a partir da zona de Miragaia que se chamava nessa altura Cale (passagem). Mais tarde, com a chegada dos Romanos passou a designar-se Portus (enfatizando a importância do porto aí existente).
Das duas denominações surge por aglutinação a palavra Portucale (séc.V) que, já no séc. IX viria a dar nome aos domínios do Conde borgonhês D. Henrique - o Condado Portucalense, berço de Portugal (séc. XII).

Alguns momentos históricos desta tão antiga urbe são de destacar por reflectirem a sua importância nos dias que correm, ilustrando acasos que ganham centralidade ao longo dos tempos que passam…
Em 1415 a população da cidade empenhou-se de tal forma no abastecimento das Naus para a expedição a Ceuta que daí resultou uma enorme carestia.
Reza a história que ficaram apenas com as tripas dos animais tendo pois sido obrigados a cozinhá-las para se alimentarem, e assim se criou uma das suas mais conhecidas especialidades gastronómicas as “Tripas à moda do Porto”.






Já no início do século XIX, durante a II Invasão Francesa, deu-se a tragédia, com a população em fuga para a outra margem, na Ponte das Barcas: devido ao excesso de peso nas barcaças que levavam muito mais gente do que aquela que poderiam suportar se afundaram, tendo morrido milhares de pessoas que encontraram o rio por sepultura.






Quanto a monumentos referenciamos







a Igreja da Trindade,













a sua Torre dos Clérigos onde funcionava o asilo para padres pobres e em fim de vida










e Santo Ildefonso,








Retratos da cidade do Porto, conhecida mundialmente devido ao vinho a que dá do nome, mas que curiosamente tem as Caves do referido licor dos deuses precisamente na margem oposta: em Gaia!

1 comentário:

Anónimo disse...

A vida de Ricardo Velez torna-se aqui uma negociação do ele próprio e dos conceitos mitológicos do amor, do medo, do sexo, da morte, da segurança e da coragem. Ele faz com que estas narrações do espírito transcendam o tempo e o espaço e sejam transformadas em linhas com que o tapete da vida é tecido."